10.5.11

Dia 215 - Filme 215 - Apocalypse Now


Olá, meu povo!

Gente, quero dizer que eu não esqueci do blog não, ok? Fiquem calmos! Os filmes estão sendo assistidos, mas a correria tá muita! Mas, vamos colocar isso em dia!

Na terça-feira assisti a um filme indicado-emprestado pela minha amiga Aline, considerado um clássico do cinema de guerra: Apocalypse Now. Assisti à versão de 2001, chamada "Apocalypse Now Redux" que tem 60 minutos a mais que a versão original de 1979, totalizando impressionantes 210 minutos. Gente, são três horas e trinta minutos de filme!!! Acho que até hoje o mais longo já assistido na minha humilde vida de cinéfila.

Bom, durante a Guerra do Vietnã, um grupo do alto escalão do exército americano (um deles o quase desconhecido Harrison Ford) ordena que o capitão Willard (Martin Sheen), encontre e dê fim ao coronel Kurtz (Marlon Brando), um militar que enlouqueceu com a guerra e que está realizando massacres contra inocentes no Camboja.

Willard, um veterano naquela guerra, já cansado das maluquices dos confrontos, mas que também não consegue ficar sossegado em casa, sobe o rio em busca do maluco. Com a escolta de quatro soldados que não sabem de nada sobre a missão, Willard encontra
de tudo pelo caminho: um coronel maluco que aproveita os helicópteros do exército para levá-lo para surfar; marinheiros que usam o rio para fazer manobras radicais; e claro, muita, mas muita matança mesmo, até chegar ao encontro com seu alvo.

O problema ao chegar ao local onde Kurtz vive é que a população local idolatra o coronel como a um deus. Protegido pelo povo, Kurtz age como lhe convém e Willard tem que decidir se completa sua tarefa ou não.

O filme é impressionantemente verdadeiro. Quer dizer, eu não estive na Guerra do Vietnã ;) mas pelo que a gente ouve e lê sobre o que aconteceu lá, parece bem lógico "Apocalypse Now" mostrar toda a loucura, a sujeira, o desequilíbrio e a carnificina daquele lugar. Martin Sheen, com cara de criança, segura a onda e nos oferece um soldado confuso e com medo, que questiona a sua real missão no meio daquele caos.

Assisti a poucos filmes de Francis Ford Coppola. Da saga da família Corleone só vi "O Poderoso Chefão". E gosto muito também de "O homem que fazia chover" com Matt Damon. Mas, um diretor que levou três anos para conseguir terminar o filme, mesmo depois de vários obstáculos, inclusive um enfarto de Martin Sheen durante as gravações, prova que é um apaixonado pela sétima arte e que merece o reconhecimento que tem. Além de ser pai de Sofia Coppola, diretora que eu gosto muito.

Nota: 4 popcorns. Um filme intenso. Mas, prepare-se para várias horas assistindo.

Trailer sem legendas :(



Ficha técnica:
título original: Apocalypse Now Redux
ano de lançamento: 1979
direção: Francis Ford Coppola
roteiro: Francis Ford Coppola e John Milius, baseado em romance de Joseph Conrad
produção: Francis Ford Coppola
música: Carmine Coppola, Francis Ford Coppola e Mickey Hart
fotografia: Vittorio Storaro
direção de arte: Angelo P. Graham
figurino: Charles E. James
edição: Lisa Fruchtman, Gerald B. Greenberg, Richard Marks, Walter Murch e Randy Thom
elenco: Marlon Brando, Robert Duvall, Martin Sheen, Frederic Forrest, Dennis Hopper

Amorecos,

daqui a pouco a crítica de quarta.

bjoks

Um comentário:

  1. O ucraniano Joseph Conrad escreveu O Coração das Trevas (adoro esse título, mas não o li, ainda), do qual Coppola retirou os personagens malucos e, quem sabe, a loucura de filmar num ambiente completamente fora do seu controle, com toda o azar acometendo a equipe, Marlon Brando surtando e tudo mais que a gente ouve da lenda que foi filmar Apocalypse Now.

    A primeira vez que assisti, há muitos anos, me impressionou a sagacidade do soldado que vai subindo o rio, passando por 500 mil absurdos, para encontrar um coronel careca que vive na penumbra. Depois, só me lembrava dos helicópteros destruindo tudo ao som de A Cavalgada das Valquírias de Wagner.

    Quando o vi agora, o grande impacto, para mim, são as falas do coronel Kurt, isolado no meio da selva, formando pensamentos na solidão de sua mente ensandecida (ou não!).
    :-)

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